Resumo da corrida

Resumo da corrida

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Em 1964, a Ford surgiu em Le Mans com toda a sua artitharia pesada, depois de ter vencido as provas do começo da temporada nos EUA e, no ano seguinte, a Ferrari tinha boas razões para a temer. O gigante de Detroit detinha uma potência de fogo capaz de relegar Maranello para o escalão dos anões.
 

Depois de uma séria varredela nas equipas técnicas da Ford, com a saída de John Wyer em proveito de Carroll Shelby, os novos motores de 7 litros fizeram-se notar bem depressa. Os GT40 melhoraram sensivelmente. Ganharam em fiabilidade, comportamento e sobretudo em potência sob as ordens do «bruxo» americano. Quanto aos novos Mkll, meteram medo assim que chegaram a La Sarthe para sua primeira aparição oficial na Europa. Este duelo de topo anunciava um grande espectáculo e o público apareceu em grande número em redor dos 13 461 metros do circuito. Na realidade, os carros do cavallino rampante não conheciam a derrota desde 1960, e as apostas subiram. Os 485 CV dos dois grandes V8 americanos, de Phil Hill/Chris Amon e de Bruce McLaren/Ken Miles, dominaram por completo nos treinos. John Surtess teve de usar todo o seu talento para conseguir um segundo lugar na grelha. No entanto, seria subjugado em mais de cinco segundos pelo Mkll de Hill que pulverizou o seu recorde da volta mais rápida, estabelecido no ano anterior, em cerca de doze segundos.

Na realidade, mesmo minuciosamente preparados, os Ford Mkll seriam vítimas do exagero de potência que a caixa de velocidades não conseguiu encaixar. Os GT 40, por seu lado, também preparados pelos serviços de Shelby, foram vítimas uns atrás dos outros da sua junta da colaça. Para a Ford, foi a derrocada, e a Ferrari não teve outro remédio senão arrecadar a vitória. Assistiu-se a uma verdadeira hecatombe, pois, dos cinquenta e um participantes, só catorze cortaram a meta. Além disso, os Ferrari, bastantes à partida, foram vitimados por uma série de avarias mecânicas. Convém acrescentar que nos dias t9 e 20 de Junho o calor apertava em La Sarthe, e os melhores à chegada não foram os mais rápidos em prova. Por exemplo, a melhor volta do 275 LM de Gregory/Rindt foi realizada em 3'45"7, enquanto o 365 P de Pedro Rodriguez/Nino Vaccarella rodou cerca de cinco segundos mais depressa. Mas o n.º 18 da NART (North American Racing Team) perdeu duas horas nas boxes para substituir a embraiagem.

Depois de 1949, 1954,1958, o ano de 1965 anunciou a nona vitória da Ferrari, ou seja, seis consecutivas a partir de 1960, assim como o sucesso na categoria GT do 275 de Mairesse «Beurlys».


Lendas de Le Mans
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