Resumo da corrida

Resumo da corrida

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Depois da sua derrota decepcionante de 1966 em Le Mans, a Ferrari pôs todas as suas esperanças no novo 330 P4. Depois de uma competição memorável, a «Scuderia» deixou-se mais uma vez dominar pela Ford, mais saiu em grande..
 

No começo da temporada de 1967, a Ferrari conseguiu impressionar em Daytona, ao realizar uma tripla extraordinária. No território do gigante americano, os novos P4 derrotaram os Ford Mk II já ultrapassados. Debaixo de um sol de chumbo, as duas marcas favoritas levaram as 24 Horas de Le Mans a um andamento infernal. O público manteve-se suspenso durante toda a corrida pois o resultado só de resolveu quando bandeira axadrezada baixou. Equipados com um motor de 7 litros que Carroll Shelby conseguiu impor substítuindo o de 4.2 litros, quatro Ford Mk IV (dois deles com as cores da Shelby) apresentaram-se em La Sarthe com um chassis especialmente construído para esta prova. Mas nos treinos preliminares de Abril, apenas se apresentou um americano, ficando atrás dos italianos, rodando a uma velocidade nitidamente abaixo das suas possibilidades. Para os 330 P4, as instruções eram simples: apostarem numa corrida de expectativa, ligeiramente contidos, para deixarem desgastar os Ford, enquanto lideravam a prova. Na verdade, os Mk lV e Mk llB, todos equipados com o big block de 7 litros, mantiveram-se na liderança da corrida com o rapidíssimo Chaparral de Spence a superá-los de vez em quando em certos momentos. O espanto tomou conta da Ford quando os n.º 3, 5 e 6 foram eliminados ao mesmo tempo numa escaramuça a meio da prova. Mesmo assim, Dan Gurney e A. J. Foyt mantiveram o seu ritmo endiabrado, a ponto de pulverizarem sem dificuldade o recorde da distância ao superarem a barreira dos 5000 km percorridos. Além disso, a média horária estabeleceu-se em mais de 218 km/h no total das vinte e quatro horas, mesmo com as paragens nas boxes. E isto aconteceu há quarenta anos....A Ferrari, no entanto manteve a cabeça erguida. Os dois P4 apoderaram-se dos segundo e terceiro lugares, cobrindo igualmente mais de 5000 km em duas voltas de relógio. Estes números, pura e simplesmente surpreendentes, obrigaram os organizadores a reflectir e os juízes a interferir nesta escalada. A partir da temporada de 1968, estabeleceu-se o limite da cilindrada dos protótipos nos 3 litros. Destacar-se-ão as prestações soberbas de dois mitos emergentes. os Alpine A210 demonstrarão uma pontaria conjunta extraordinária e o Porsche 911 S, um carro que já tinha feito história como automóvel de série ficará em segundo na categoria GT.

Lendas de Le Mans
Planeta de Agostini
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